SURGIMENTO DA
SOCIOLOGIA – dentro de um contexto histórico específico: desagregação da
sociedade feudal e da consolidação da civilização capitalista, onde alguns
pensadores se empenharam em compreender as novas situações de existência que
estavam em curso.
O século XVIII
constitui um marco importante com transformações econômicas, políticas e
culturais que se aceleravam na Europa. A dupla revolução ocorrida neste século:
a industrial e a francesa leva a instalação definitiva da sociedade
capitalista.
A revolução
industrial significou algo mais do que a introdução da
máquina a vapor e dos sucessivos aperfeiçoamentos dos métodos produtivos. Ela
representou o triunfo do capitalismo, concentrando as máquinas, as terras e as
ferramentas em suas mãos, convertendo grandes massas humanas em simples
trabalhadores despossuídos.
Cada avanço
capitalista introduzia novas formas de organizar a vida social.
MUDANÇAS – A) –
Politicas- Econômicas: a) artesão independente foi submetido a uma severa
disciplina, a novas formas de conduta e de relações de trabalho; b) maciça
emigração do campo para a cidade que engajou mulheres e crianças em jornadas de
trabalho de pelo menos doze horas, sem férias e feriados, ganhando um salário
de subsistência; c) as cidades passavam por um vertiginoso crescimento
demográfico, sem possuir, no entanto, uma estrutura de moradias, de serviços
sanitários, de saúde, capaz de acolher a população que se deslocava do campo;
Tudo isto teve um
efeito traumático sobre milhões de seres humanos ao modificar radicalmente suas
formas habituais de vida. A industrialização e urbanização foram tão visíveis
quanto trágicas: aumento da prostituição, do suicídio, do alcoolismo, do
infanticídio, da criminalidade, da violência, de surtos de epidemia de tifo e cólera.
d) aparecimento do
proletariado e o papel histórico que ele desempenharia na sociedade
capitalista. Ele passou a lutar por melhorias do sistema capitalista. As
manifestações de revolta dos trabalhadores foram: destruição das máquinas, atos
de sabotagem e explosão de algumas oficinas, roubos e crimes, evoluindo para a
criação de associações livres, formação de sindicatos, produziujornais, sua
própria literatura, procedendo a uma crítica da sociedade capitalista e
inclinando-se para o socialismo como alternativa de mudança.
B) PENSAMENTO. A sociologia constituí em certa medida uma resposta intelectual ás
novas situações colocadas pela revolução industrial. O pensamento
paulatinamente vai renunciando a uma visão sobrenatural para explicar os fatos
e substituindo-a por uma indagação racional. A aplicação da observação e da
experimentação, ou seja, do método científico para a explicação da natureza,
conhecia uma fase grandes avanços.
Bacon
(1561 – 1626) “a teologia deixaria de
ser a forma norteadora do pensamento”. O Teocentrismo medieval (Deus está no
centro) e dava lugar ao Racionalismo (predomínio da razão).
O emprego
sistemático da razão, do livre exame da realidade – os chamados racionalistas
-, procurou libertar o conhecimento do controle teológico, da tradição, da
“revelação”.
Os
iluministas atacarem com veemência os fundamentos da sociedade feudal
negando-a. Concebiam o indivíduo como dotado de razão, possuindo uma perfeição
inata e destinado à liberdade e à igualdade social.
Essa
‘nova’ forma de pensar, fruto das novas maneiras de produzir e viver contribuía
para das novasinterpretações.
Qual a importância
desses acontecimentos para a sociologia? A profundidade das transformações em
curso colocava a sociedade num plano de análise, ou seja, esta passava a se
constituir em "problema", em "objeto" que deveria ser
investigado. Assim sociólogos passaram a buscar um estado de equilíbrio na nova sociedade, e
para isso seria necessário, segundo eles, conhecer as leis que regem os
fatos sociais, instituindo, portanto uma ciência da sociedade.
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